sexta-feira, 10 de setembro de 2010

LES SYLPHIDES

LES SYLPHIDES- O NEOCLÁSSICO NO ROMANTISMO

Les Sylphides é o mais conhecido e o mais dançado de todos os balés porque pode ser sem cenário, com apenas 16 bailarinas e um só papel masculino. A concepção original do coreografo Michel Fokine tornou-se uma expressão da reação aos artifícios do estilo clássico. O bailado passou, então, a significar um regresso ao verdadeiro espírito do romantismo, o que não quer dizer uma volta ao período romântico cujas obras, exceto Giselle, desapareceram.
Fokine criou Les Sylphides a partir de um tema romântico convencional (a animação das imagens que povoam as idéias de um compositor) modificado, em 1908, para a seqüência de danças que se conhece hoje. A idéia de usar a musica de Chopin não era nova, já aparecia nos projetos de Isadora Duncan, e o próprio Fokine só a realizou por etapas. Embora a obra seja formada por várias músicas aparentemente desligadas, não é um divertissement. A unidade foi seguida a partir da orquestração especialmente criada por Maurice keller. A transformação do Corpo de Baile num grupo de artistas espressivos marca também a diferença entre o novo bailado romântico e as obras clássicas e nes ao exigir, alem da execução técnica impecável, uma interpretação musical sensível. A lógica volta a fazer parte do bailado pela reunião harmoniosa de musica, atmosfera, movimento, cenário e figurinos.



Fonte: ACHAR, Dalal. Balé: uma arte; RJ: Ediouro, 1998: il.

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