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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

QUEBRA-NOZES

O QUEBRA-NOZES- UM SONHO DE NATAL TRANSFORMADO EM BALÉ O BALÉ CLÁSSICO EM DOIS ATOS. MÚSICA DE TCHAIKOVSKY.

O Quebra-Nozes foi apresentado pela primeira vez no Marynsky Theatre em São Petersburgo no dia 17 de dezembro de 1892, com coreografia de Lev ivanov e cenários de Botcharov, tendo como principais intérpretes, Antonietta Dell-Era e Paul Gerdt nos papéis da fada-açucarada e do príncipe.
Este balé não obteve sucesso na sua estréia. Provavelmente porque exigia uma atenção muito grande à época.
Só na sua segunda montagem, quarenta anos depois, O Quebra-Nozes foi recebido com um enorme sucesso, na sua estréia no mundo ocidental.
Numa festa de Natal, Clara ganha um quebra-nozes de presente que adquire vida para liberar um exército de soldados de pau, numa batalha vitoriosa contra os ratos, e se transforma em um lindo príncipe que leva Clara para o reino dos doces.
Essa produção foi planejada por Petipa que adoeceu e passou o trabalho para o seu assistente, Ivanov.
Provavelmente é o balé mais apresentado no mundo e até hoje sobrevive a coreografia original do pas-de-deux da fada açucarada e do príncipe.
Varias versões foram feitas, entre elas, a de Ashton, Balanchine, Grigorovich, Cranko, Nureyev, Baryshnikov.
Por ser um tema de Natal, esse balé se tornou uma atração natalina em todos os grandes centros do mundo.


Fonte: ACHAR, Dalal. Balé: uma arte; RJ: Ediouro, 1998: il.

O LAGO DOS CISNES

O LAGO DOS CISNES – O GRANDE CLASSICO DE ESTILO LÍRICO-ROMANTICO

O Lago dos Cisnes foi apresentado pela primeira vez no Teatro Bolshol, em Moscou, em 20 de fevereiro de 1877, e constitui-se num grande fracasso. Com um prólogo e três atos teve musica de Tchaikovsky, cenários de Shanginki, Vaits e Groppius e coreografia de Julius Resinger. Na época, a musica foi considerada demasiado sinfônica para o teatro. Só depois da morte de Tchaikowsky, a obra teve êxito. Foi levada pela primeira vez integralmente em quatro anos, no Teatro Maryinsky, de São Petersburgo a 15 de janeiro de 1985 com nova coreografia de Marius Petipa e Ley Ivanov, e cenário de Botcharov e Levogt.
A dança e a mímica são a essência de o Lago dos Cisnes. O Ato I se se passa num parque com um castelo ao fundo. O Príncipe Siegfried da uma festa para comemorar sua maioridade. Moças e rapazes da aldeia chegam para cumprimentar seu senhor. Dançam animadamente. A princesa, mãe do aniversariante, chega seguida por seu séquito, reprova as companhias do filho e lembra que terá de escolher uma esposa no próximo baile. O Ato II tem como ambientação as margens de um lago. Ao longe, se vê uma capela arruinada. É meia-noite. Um grupo de cisnes liberados pelo que tem a cabeça coroada desliza no lago. Ao chegaram às margens, transforma-se em lindas mulheres. O príncipe vê os cisnes e chama e chama os companheiros para uma caçada. Mas os cisnes-mulheres e sua rainha Odete pedem que não faça isso. Explicam que foram encantadas pelo feiticeiro Rothbart e que só a meia-noite tomam por curto tempo a forma humana. Siegfried se apaixona por Odete e vai abraçá-la quando Rothbart se aproxima. Assustados se afastam, mas o príncipe tem tempo. Assustados se afastam, mas o príncipe tem tempo de convidar Odete para ir ao baile em que deverá escolher sua noiva. Jura que ele será a eleita. Ela, entretanto, só poderá ir se seu feitiço for quebrado. Amanhece e moças voltam a se transformar em cisnes.
No Ato III chegam os convidados e se fazem considerações sobre a provável noiva. Um dos convivas fartamente anunciado é o mágico Rothbart, acompanhado da filha Odile, que está com uma roupa de cisne negro, a quem faz tornar a aparência de Odete. Siegfried, iludido pela semelhança, anuncia que escolheu aquela moça para sua esposa. O feiticeiro, exultante com a quebra do juramento do príncipe, foge com a filha. Ao perceber seu erro, Siegfried corre a procura de Odile. No último ato (Ato IV), Odete chega desesperada. Ela assistiu a tudo de uma janela do castelo. Quando vê o príncipe, não fala com ele ate que finalmente, depois, tudo fica explicado. Eles dançam juntos e felizes mas Rothbart provoca uma grande tempestade e o príncipe salva Odete levando-a para o alvo de uma colina vizinha. Ele anuncia sua decisão de morrer com ela e, neste momento, é quebrado o encanto. Acaba a tempestade ao mesmo tempo em que amanheceu. As mulheres-cisnes conservam suas figuras humanas para sempre, livres do encanto.
A parte mais conhecida e mais montada de O Lago d os Cisnes é o Ato II, por sua estrutura que permite ser levado separadamente, como ballet Blanc. Do ponto de vista coreográfico, esse ato II é admirável, triunfando o adágio, o pás-de-deux entre Odete e Siegfried- de um liirismo comovedor-, e as variações de Odete que são as partes mais celebres deste balé. Depois de Legnani, a criadora do papel de Odete, as maiores intérpretes foram: Pavlova, Karsavina, Kchessinska, Preobrajenska, Spessivtzeva e, mais próximo de nos, Markova, Fonteyn, Chauviré, Danilova, Vyroubova, Ulanova, Plissetskava e Makarova.





Fonte: ACHAR, Dalal. Balé: uma arte; RJ: Ediouro, 1998: il.

ROMEU E JULIETA

ROMEU E JULIETA – SHAKESPEARE NO BALÉ

Inspirado na tragédia de Verona , o bailado com um prólogo e três atos tem musica de Prokoviev e coreografia de Lavrovsky. Foi dançado pela primeira vez em 1940, com Galina Ulanova no papel de Julieta e Constantin Sergueyev como Romeu. O impacto desta primeira versão só foi atingido novamente 14 anos mais tarde, em Londres, no espetáculo de Kenneth MacMilan.
Romeu e Julieta de Shakespeare serviu de base para obras de compositores da expressão de Prokofiev, Tchaikovsky, Berlioz. Coreógrafos como história dos dois amantes perseguidos. Cada um a seu modo obteve grande sucesso. Diferenças significativas na interpretação do tema original não ofuscaram o brilho dos bailados. Todos os grandes coreógrafos atuais têm a sua versão de Romeu e Julieta.




Fonte: ACHAR, Dalal. Balé: uma arte; RJ: Ediouro, 1998: il.

LES SYLPHIDES

LES SYLPHIDES- O NEOCLÁSSICO NO ROMANTISMO

Les Sylphides é o mais conhecido e o mais dançado de todos os balés porque pode ser sem cenário, com apenas 16 bailarinas e um só papel masculino. A concepção original do coreografo Michel Fokine tornou-se uma expressão da reação aos artifícios do estilo clássico. O bailado passou, então, a significar um regresso ao verdadeiro espírito do romantismo, o que não quer dizer uma volta ao período romântico cujas obras, exceto Giselle, desapareceram.
Fokine criou Les Sylphides a partir de um tema romântico convencional (a animação das imagens que povoam as idéias de um compositor) modificado, em 1908, para a seqüência de danças que se conhece hoje. A idéia de usar a musica de Chopin não era nova, já aparecia nos projetos de Isadora Duncan, e o próprio Fokine só a realizou por etapas. Embora a obra seja formada por várias músicas aparentemente desligadas, não é um divertissement. A unidade foi seguida a partir da orquestração especialmente criada por Maurice keller. A transformação do Corpo de Baile num grupo de artistas espressivos marca também a diferença entre o novo bailado romântico e as obras clássicas e nes ao exigir, alem da execução técnica impecável, uma interpretação musical sensível. A lógica volta a fazer parte do bailado pela reunião harmoniosa de musica, atmosfera, movimento, cenário e figurinos.



Fonte: ACHAR, Dalal. Balé: uma arte; RJ: Ediouro, 1998: il.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

SCHEHERAZADE

SCHEHERAZADE- O BAILADO EXOTICO E SENSUAL

Scheherazade é um drama coreográfico em um ato, constituído sobre o poema sinfônico de Rimsky-Korsakov. O bailado foi dançado pela primeira vez na Opera de Paris, em 4 de junho de 1910, com coreografia de Michel Fokine e cenários e figurinos de Leon Bakst, tendo como principais intérpretes Ida Rubinstein, Vaslav Nijinsky e Enrico Cecchetti.
A originalidade do tema do bailado chamou, de imediato, a atenção de um enorme público. Na ausência do xá, as mulheres conseguem a permissão do chefe eunuco para a aproximação dos escravos masculinos.
No auge da orgia, volta o xá. Inconformado com o que vê, ordena a morte de todos, preservando apenas Zobeida, sua favorita. Ela, em estado de total desespero, se suicida.
Scheherazade foi o primeiro balé exótico montado no mundo, e constitui-se na sensação da época, principalmente pelos deslumbrantes cenários e figurinos assinados por Bakst. Todas as tentativas posteriores de remontagem de Scheherazade não passaram de pálidas reproduções do que foi o espetáculo de Fokine.

Fonte: ACHAR, Dalal. Balé: uma arte; RJ: Ediouro, 1998: il.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Giselle

GISELLE
Apresentado pela primeira vez em Paris no Theatre de L’Academie Royale de Musique, a 28 de junho de 1841, Giselle é o ballet mais antigo do repertorio clássico e tem sido encenado sem interrupção desde a sua criação. Sua historia, contudo, não indicava que seria uma obra duradoura. Giselle subsistiu por ser a mais pura expressão do período romântico, alem de representar o maior de todos os testes para a vallerina. Ate hoje, o sonho de todas as bailarinas é viver o papel de Giselle.
Libreto de Vernoy Sant-Georges, Théophile Gautier e Jean-Coralli, música de Adolphe Adam, cenários de Cicero, coreografia de Jean Coralli e Jules Perrot, Giselle foi baseado na lenda das Willis, donzelas que morrem antes do dia do casamento mas sua paixão pela dança faz com quem saiam a noite vestidas de noiva para dançar ate o esgotamento.
Na descrição da lenda feita por Heine em De l’Allemagne, Gautier viu excelente tema: um bailado romântico com lindas mulheres, véus brancos e luar germânico. Bailado em dois atos, Giselle conta em seus atos a historia de uma camponesa apaixonada pelo fidalgo Albrecht disfarçado de camponês apaixonado por Giselle que não é correspondido -, a espada e o manto de Albrecht, provas da sua origem nobre e, alem disso, tomando conhecimento de que ele é comprometido, seu coração se enche de dor e ela chega à loucura. Giselle coloca a mão de Albrecht sobre o coração, depois segura a espada e tenta enterrá-la no peito. Busco alivio na dança, sua paixão, da alguns passos e morre.
No II ato, Giselle transforma-se numa willi e vê Albrecht aproximar-se do seu tumulo. Ele tenta chegar mais perto mas a Willis não permitem. Cercam primeiro Hilarion até jogá-lo na água. Giselle pede que não se acerquem de Albrecht mas a rainha das Willis, Myrtha, ordena que Giselle o enfeitice. Ela tenta protegê-lo e começa a dança, Albrecht, fascinado, se aproxima de Giselle e as Willis envolvem os apaixonados- e obrigam Albrecht a dançar a exaustidao.
Giselle procura ajudá-lo e ele é salvo com o amanhecer pois as Willis tem de voltar aos seus túmulos.
Giselle desaparece com elas. Albrecht fica sozinha em cena.
As principais intérpretes de Giselle foram Carlota Grisi (para quem foi criado o papel), Lucien Pepita (como Albrecht) e Adele Dumilatre vivendo Myrtha.
A figura masculina também tem grande importância neste bailado, não sendo introduzida, como em vários outros balés, apenas para servir de elemento de apoio das bailarinas. Nijinskyy teve um grande desempenho como Albrecht, e sua participação em Giselle lhe valeu a consagração. Também tiveram excepcionais desempenhos técnico-dramaticos, Serge Lifar, Erik Bruhn e Rudolf Nureyev. Em suas grandes interpretes dos últimos vinte anos temos Ulanova, Markova, Chauviré, Fonteyn, Alonso e Makarova.

Fonte: ACHAR, Dalal. Balé: uma arte; RJ: Ediouro, 1998: il.