sábado, 11 de setembro de 2010

ISADORA DUNCAN

ISADORA DUNCAN

Filha de pais irlandeses, Isadora Duncan nasceu em São Francisco na Califórnia, em 1878. A jovem Isadora aprendeu as relações entre a música e a dança com a mãe, professora de musica. Desde cedo estudou balé, mas logo revoltou-se contra as formas convencionais, tornando-se uma autodidata. Estreou em Chicago, em 1899, mas sem êxito, o que provocou sua ida para a Europa com a família, para estudar. Dançou em Paris pela primeira vez em 1900, conseguindo impressionar favoravelmente. Isadora recebeu grande influencia da arte grega e as túnicas esvoaçantes que usava para dançar foram imortalizadas por desenhistas, escultores e pintores.
Com o sucesso obtido em Paris, Isadora conseguiu contratos em Berlim, Budapeste, Florença e outras cidades européias. Em 1904, inaugurou sua escola em Berlim com tanto êxito que dois anos mais tarde dançou com um grupo de alunos. Apresentou-se pela primeira vez na Rússia em 1905, em São Petersburgo, quando influenciou Michel Fokine no bailado Eunice, com os bailarinos apresentado-se com pés descalços e com túnicas gregas.
Isadora Duncan voltou aos Estados Unidos em 1908, onde alcançou sucesso relativo. Apresentou, sete anos depois, no Mercury Theatre de Nova York, sua troupe de bailarinos, mas ainda sem grande êxito, perdendo bastante dinheiro. Dançou em Londres em 1921 no Prince Theatre, partindo em seguida para a Russia, onde abriu uma escola. Voltou pouco depois aos Estados unidos obtendo desta vez grande êxito. Segundo os críticos da época, dançava “melhor do que nunca”.
Numa nova tournée pela Europa, teve sérios contratempos em Berlim em Paris. Pouco depois, abriu a Escola de Dança Duncan em Neuilly-sur-Seine. Sempre com a vida cheia de revezes, perdeu dois filhos em um acidente no Rio Sena, em Paris. Isadora Duncan também teve morte trágica na tarde de 14 de setembro de 1927, em Nice, estrangulada por sua echarpe, ao dirigir seu automóvel.
Os críticos consideraram Isadora um fenômeno particular na dança atual. Ela pretendeu renovar a dança no que diz a respeito a ideologia técnica. Ideologicamente, defendia a dança livre, despojada de trabalhos acadêmicos. Tecnicamente, recusava as cincos posições clássicas adquiridas por refinamento secular. Suprimiu as sapatilhas de ponta, renunciando a maior conquista da época romântica. Dançava descalça e com a cabeça inclinada para trás, por sentir que, desde as bacantes dos baixos-relevos gregos, em que se inspirou, ate os animais, o êxito se manifestava por essa atitude. Sua influencia na dança moderna foi discutível.
Isadora Duncan figura no rol dos revolucionários na historia da dança. Na sua autobiografia My Life, publicada em 1928, há um registro curioso: “Je n‘ai pás invente la Dance, elle existait avant moi, mais elle dormait et jê l’ai reveillée.

FONTE: ACHAR, Dalal. Balé: uma arte; RJ: Ediouro, 1998: il.

Nenhum comentário:

Postar um comentário