segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Historia da Dança III

HISTÓRIA DO BALLET

O Ballet surgiu nos divertimentos das cortes da Renascença Italiana e foi introduzido na França em 1581 por Catarina de Médicis. Luís XVI fundou em 1661 a primeira escola de Ballet, cujo mestre, Pierre Beauchamps, criou as cinco posições básicas do pé. Ainda no reinado de Luís XVI, o músico italiano Lully teve um papel preponderante na criação de inúmeros ballets, colaborando com Moliere e com Beauchamps (O burguês fidalgo, 1670).
Em seguida à vez do ballet trágico, com a dança intercalada a ação (Cadmus e Hermione), passando-se ao ballet-ópera, composto de vários atos independentes, cantados e dançados (Europe galante, de Campra 1697).
Com o surgimento dos dançarinos profissionais (O triunfo do amor, 1681), criou-se a escola de dança da Ópera em 1713, onde foram elaboradas regras, houve um maior desenvolvimento das técnicas e dos passos, passando o ballet a ser um espetáculo encenado.
Com a moda da ópera italiana (que introduziu na França maquinário sofisticado para efeitos cênicos), o ballet frances notabilizou-se, com a atuação destacada de grandes dançarinos. Muito controvertido, o ballet sem ação cedeu seu lugar ao balley d’action, em que predominava a pantomina, inovado na França por Jean Georges Noverre, com a supressão de máscaras, vestidos armados e perucas.
O ballet d’action foi implantado na Rússia pelos discípulos de Noverre, e o italiano Salvatore Vigano acrescentou o elemento emocional ao ballet, com o drama dançado.

No século XIX, enfatizaram-se a leveza e a graça dos movimentos, surgiram a dança sur les pointes (na ponta dos dedos dos pés) e a saia curta (tutu) usada pelas bailarinas. Carlo Blasis reabilitou o virtuosismo, que passou a ter papel fundamental. Em 1832, a filha de Filippo Taglione, Maria Taglione, crio La Sylphide. Giselle (1841) lançou Carlotta Grisi. A terceira estrela a despontar foi a austríaca Fanny Elssler.

O sucesso do ballet romântico não durou muito tempo. A Rússia torno-se o centro mundial do ballet, com a nomeação de Marius Petipa para o Ballet Imperial (1862). Auxiliado por Enrico Ceccehette, reviveu, a partir de 1869, a tradição clássica que formaria as futuras estrelas do teatro Marie e dos Ballets Russos de Diaghilev, iniciando uma nova era, pois propiciou a criação de grupos itinerantes. Paralelamente, no início do século XX, surgiu a Isadora Duncan com sua dança livre que, juntamente com os pioneros da dança moderna norte americana deu origem a corrente da dança moderna.

Com o fim da II Guerra Mundial, uma nova geração ( Roland petit, Janine Charrat e outros) contribui para a renovação do ballet. Os problemas do homem moderno foram lançados por Jerome Robbins (Era da ansiedade, 1950), nos EUA e na França, coube a Maurice Béjart (Sinfonia para um homem solitário, 1955) introduz essa temática.

A tradição clássica continuou sendo mantida pelas grandes companhias americanas (New York City Ballet, American Ballet Theatre), européias (London’s Festival Ballet, Grand Ballet de marques de cuevas) e pelos ballets dos grandes teatros (Royal Ballet, Opera de Paris, Bolshoi, Kirov, Scala, etc.). Em muitos outros países observou-se um desenvolvimento maior da arte coreográfica.

A dança moderna enriqueceu o ballet tradicional originando um gênero híbrido, que Maurice Béjart e John Butler desenvolvem com maestria.
Momentos artísticos de incomparável qualidade são propiciados pelo gênio, criador de Martha Graham, pela paixão e profundidade de tom de José Limón, pelo humor de Paul Taylor e pela magia de Alwin Nikolais.

NO BRASIL

O primeiro ballet, dirigido por Lacombe, foi apresentado no Real Teatro de São João (Rio de Janeiro) em 1831. Um século após, a atuação da companhia de Diaguilev (com Nijinsk, Massine, Karsavina e Lídia Lepokova), no Teatro Municipal da mesma cidade, seguida da visita da companhia de Anna Pavlova, deu início a um permanente interesse pelo ballet. A Escola de Dança do Teatro Municipal foi fundada em 1927 por Maria Oleneva. Outros corpos de baile foram criados por Vaslav Veltchek ( São Paulo), Aurélio Milloss ( Ballet do IV Centenário, Carlos Leite e Sansão Castelo Branco (Balé da Juventude), Tatiana Leskova, Nina Verchinina, Dalal Achcar ( Ballet do Rio de Janeiro).

Nenhum comentário:

Postar um comentário